Osga 100%

Daqui da Parede vejo tudo!

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Localização: Parede, Lisboa, Portugal

Vivo o presente, sem esquecer o passado e sempre de olho no futuro.Todas as pessoas que se cruzaram comigo ao longo da vida, ajudaram a fazer a pessoa que sou hoje.

sexta-feira, outubro 09, 2009

Hora de votar

Domingo vamos ás urnas.
Adorava saber quem são os candidatos á minha autarquia.
Não quero votar nos que lá estão.Mas, quem são os outros???
Não sei eu, nem sabem as pessoas a quem perguntei. Pensei que vosse por andar desatenta, ou muito ocupada. Mas ninguém saber quem são os candidatos faz-me pensar.
Além de não saber quem são os candidatos, não sei ao que se propõem para melhorar a minha freguesia ou o meu Concelho.
Não sei o que estará mal. Mas que está, está!!!!!!
Porque será que ganham sempre os mesmos???
Mistérioooooooooooooooooooo!

segunda-feira, setembro 07, 2009

100 Anos


100 anos é a idade da minha avó materna,que festejamos hoje.
Muitas vezes questiono o que faz com que alguém possa viver tanto tempo e a única resposta que encontro é que quando o coração não ama, não se desgasta e pode ir até ao limite.

A terceira filha (primeira mulher) de 5 filhos, ficou sem mãe ainda nova e teve que tomar conta da casa e dos irmãos.
Mania que lhe ficou para toda a vida, pois se podesse mandaria em todos.
Como não pode, vai mandando na única filha que lhe resta exigindo coisas próprias da idade e outras que de toda a vida, mas sem um pingo de carinho.

Dos netos cuidou sempre que foi necessário, não sem ter ficado de rastos de cada vez que sabia que algum ia nascer (para ela um castigo da natureza). Nunca deixou que faltasse comida, cara lavada e em certa época ainda contava histórias para adormecê-los.Mas nunca um carinho, um abraço ou uma brincadeira divertida, isso era papel do marido que era um avô doce e divertido.

Aos 55 anos os negócios corriam mal e imigrou com o meu avô para França. Deixou o pai muito mal, sabendo que nunca mais o via, e uma irmã com problemas psiquiátricos. Nada disso a impediu de ir á procura de melhor vida.
Voltou com a pensão de viuvez e uma pequena reforma.

O dinheiro sempre foi a coisa mais importante para ela. Enquanto estava válida usava-o para comprar o carinho e a atenção dos outros (pensava ela).

Não me lembro de alguma vez a ter visto rir com vontade e mesmo o sorriso sempre foi amarelo, de circunstância.

Chegar aos 100 anos é uma raridade, e ao mesmo tempo uma tristeza.
Já não há referências, já não se entende o mundo nem as pessoas, já não se contêm a urina e as fezes, as pernas e os braços começam a perder as forças e reconhecer as pessoas é uma dificuldade.

Além da idade não tem nenhuma doença, nem colesterol sequer.

Penso em tanta gente querida e nos meus amigos que morreram tão cedo e que deixam em nós um vazio impossivel de preencher e continuo a perguntar porquê?

domingo, agosto 16, 2009

Parque Morais





O lago dos patinhos do Parque Morais tem andado em obras.
Resolveram finalmente dar-lhe uma limpeza, bem merecida.
O lago onde todas as gerações de "osgas" deram pão aos patinhos e passearam na ponte de ferro.
Mas, onde anda a ponte, que é a grande memória de todas as gerações?
Tenho a certeza que não existe "osguinha" que não tenha, pelo menos,uma foto em cima da ponte de ferro.
Estava velha, enferrujada, foi retirada. Foi para restauro, pensei!
Um dia passei por lá, e tinham colocado uma ponte em madeira, que nada tinha a ver com a ponte original. Grosseira, grande demais.Mas, durou pouco, devido (segundo o guarda do parque) a reclamações de todos os que tinham fotos em cima da original.
Pintaram o lago, as casas dos cisnes, encheram de água, e voltaram a colocar os "patos residentes", mas da ponte, nem sinal....
Queremos a "Ponte de ferro" outra vez no devido lugar!!!!!

terça-feira, julho 21, 2009

XICO ZÈ






Vi o Francisco chegar, no primeiro dia de aulas, calça de ganga e blusão vermelho de gola levantada, com um sorriso nos lábios.
O rapaz que agarrava o sol, tinha a melodia na voz e nos dedos.
Fomos cúmplices de "aborrescência", traçámos planos que nunca foram realizados.
Percorremos caminhos diferentes.
Mas, onde houver música, sol e borboletas, sei que ele vai lá estar, com o sorriso de sempre.
Os beijos, esses, vão ficar sempre colados no meu coração.
Um dia destes a gente se encontra...."dizia ele"!!!!
Quem sabe?....

terça-feira, março 17, 2009

Acredito que há etapas que temos de passar para crescer.
Pensei que encontrar emprego aos 56 anos, era uma benção. Pura ilusão!!! Foi preciso trabalhar em muitos lugares, ter conhecido centenas de colegas, para descobrir o pior emprego do mundo.
Desde sempre ouvi episódios caricatos e anedotas da função pública. Mas, é preciso passar por elas para acreditar.
Nem as vou comentar porque são tão inacreditáveis que pareceria que estar a inventar.
Intrigas, colegas que nos ignoram totalmente, dar informações erradas, enfim, atitudes que nunca me passariam pela cabeça que alguém no ano de 2009 podesse tomar.
Felizmente sinto que vai ser uma etapa rápida, pois tudo indica que me tormei numa figura pouco desejável. Faço muitas perguntas. Quero perceber o funcionamento da "coisa". Sou simpática e atenciosa com as pessoas. Tudo o que não se deve fazer quando se trabalha numa empresa pública.
O importante mesmo é ignorar, o trabalho, as pessoas, porque o salário será recebido no final do mês, quer se seja interessado ou se vá para o local de trabalho bocejar e jogar uma paciência à socapa. Sim, porque só com muita paciência se pode ser funcionário público seja qual for o país.

domingo, março 01, 2009

A minha relação com o dinheiro é muito parecida com a relação com os homens.Uma relação "mágica", ambos conseguem desparecer rápidamente.
Não há hipótese, fico sempre sem eles.
Este mês consegui, como por artes mágicas, ficar sem dinheiro, quase no mesmo momento em que o recebi.Consegui pagar uma multa ao estado, que foi abolida 30 minutos depois de a ter pago. E agora para a receber sabe-se lá quando será.
É mês de imposto e inspecção do carro.
Isto quer dizer que depois de pagar as contas, os trocados que teria para sobreviver até ao fim do mês, já foram.
A minha grande sorte, é que os meus objectivos não passam por ter dinheiro, por isso consigo continuar a viver alegremente, mas caramba, até se instituir novamente um mercado de trocas preciso desse vil metal para sobreviver.

sábado, fevereiro 28, 2009


O meu neto chegou numa manhã de carnaval com ar calmo, como a mostrar que está preparado para enfrentar este mundo de feras.

Por enquanto só come e dorme,ainda não faz ideia do mundo que o espera, mas felizmente tem muita gente que o vai protejer por algum tempo.

Olhar para ele, faz-me lembrar que o tempo é relativo, pois ainda um dia destes, estava a passar pela mesma situação com os meus filhos e até com a minha primeira neta que já vai fazer 12 anos.

O que ele vai ser...só ele o saberá, um dia. Só desejo que seja feliz.

Bem-vindo querido